sábado, 9 de junho de 2012

As Eleições 2012 e o poder Legislativo

 Este ano teremos eleições municipais no dia 07 de outubro, esta última legislatura temos assistido a uma Guerra de Denuncismo, onde impera muito discurso e pouca ação concreta. Desde o início do ano passado uma série de denúncias sobre as pseudos  (falsas) viagem de parlamentares tem criado na população um sentimento de indignação, o eleitor que confiou o seu voto, cabisbaixo pela decepção com a fraca atuação de seu vereador, quase sem esperança, vislumbra o dia da eleição para contemplar um novo escolhido, buscando uma ação mais efetiva, participativa, democrática e transparente. O maior problema das viagens e a falta de retorno aos cofres públicos, confundem-se viagens a trabalho com turismo e o dinheiro das diárias vão pelo ralo sem retorno para o contribuinte. Para enumerar é simples: quanto se gastou com viagens por ano nesta legislatura? Quantos projetos ou experiência bem sucedidas de outros municípios foram tragos por estas viagens? Além do relatório financeiro, foi apresentado algum relatório técnico relevante para o município?    
   
A atuação do Poder Legislativo Municipal (Câmara de Vereadores) merece especial atenção em nossa análise, pois em muitos municípios e também em Itabirito, o que deveria ser a regra tornou-se raríssimas exceções, não cumprem a sua função de legislar (elaborar leis). E quando o fazem, se limitam a apresentar projetos que concedem títulos e homenagens a pessoas de seu interesse ou dão denominações de lugares públicos (praças e ruas) que possam agradar ao eleitor nas próximas eleições.

Ainda mais grave é o fato de muitos vereadores entenderem que sua atuação está submetida diretamente aos interesses do  Poder Executivo (Prefeito). As licitações, os atos administrativos e a obrigação da sua publicidade, a análise de projetos orçamentários e sua execução, a celebração e cumprimento de contratos assinados não são fiscalizados devidamente, ora por falta de conhecimento e incompetência técnica, ora por falta de interesse.

Não raras vezes o Legislativo se transforma em "balcão de negócios", onde seus membros negociam o zoneamento da cidade, as mudanças do Perímetro Urbano, mudanças no Código de Posturas e se tornam intermediários de vitórias em licitações de cartas marcadas.

Importante lembrar que é no Município que uma democracia Participativa pode se tornar realidade, pois as necessidades concretas das pessoas são mais percebidas e o conhecimento e a proximidade com a classe política é maior. Isto proporciona maior possibilidade de controle das ações do poder público e influência nas suas decisões.   

Que tenhamos o discernimento e sabedoria para escolhermos nossos representantes neste próximo pleito.


Rocha.


Rocha é professor de História da rede pública municipal e estadual.   


quarta-feira, 6 de junho de 2012


RONALDINHO X PROFESSORES:  O PÃO E O CIRCO NOSSO DE CADA DIA


Excepcionalmente resolvi escrever algumas linhas sobre o futebol e particularmente sobre a contratação de Ronaldinho Gaúcho pelo GALO. Como professor tive uma tragetória muito difícil até conseguir me formar, este detalhe é importante para mostrar que necessitamos de esforço para conseguir nossos objetivos. Fato é que nós professores recebemos em média um salário de aproximadamente R$ 1.200,00 por mês para uma jornada de no mínimo 18 horas semanais, e depois de ter estudado aproximadamente 16 anos de minha vida sem contar as reprovações, KKK. A nossa sociedade valoriza os talentos e não o conhecimento, todos os profissionais passaram pelas mãos de nós professores para aprenderem a leitura, a escrita, a interpretação e os cálculos. Diploma na mão, mercado de trabalho ai vamos nós, e automaticamente vão ser mais valorizados que os professores que lhe levaram a qualificação. Antes de rescindir seu contrato com o Flamengo, o jogador R10 tinha um mísero salário de R$ 1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil reais) por mês. Este magnifico jogador ganhava 1000 vezes mais que qualquer pobre e mortal professor. Não quero discutir e julgar se é justo ou não, simplesmente afirmar o que todos nós sabemos é mais facil oferecer o pão e o circo ao cidadão do que valorizar a educação. Cidadão educado questiona, indigna, reage, se organiza , cobra dos poderosos, isto é perigoso para a ordem estabelecida. O nosso Glorioso Galo contrata o R10 e sonha com títulos importantes e nós também, enquanto isto nós professores vamos assistindo os jogos pela televisão, para tentar esquecer um pouco da dura realidade que nos espera no trabalho do dia seguinte. O circo do futebol nos aliena e alivia nossas dores, no momento que o grito de gol preso na garganta e liberado. Bom ou ruim já temos o circo, pelo pão vamos ao nosso trabalho de cada dia e refletir, será que qualquer jogador deveria valer mais que um professor? Acho que "sim", isto é o que mostra a diferença entre os dois salários, naturalmente aceita pela nossa sociedade.   

Até breve,

Obs: O texto está bruto não foi revisado



Professor Rocha      

quinta-feira, 19 de abril de 2012


Frederico Ozanam
(1813-1853)

Frederico Ozanam nasceu a 23 de Abril de 1813, em Milão (Itália). Filho de Jean-Antoine, médico prestigioso, cuja fama profissional não o impedia de assistir doentes indigentes, com o mesmo cuidado e afabilidade reservados aos pacientes da alta condição social, e de Marie Ozanam, também dedicada à assistência dos pobres e enfermos. Frederico respira desde o nascimento o profundo espírito de caridade compartilhado pelos seus pais.
Depois de uma infância muito protegida em Lião, Frederico entra no colégio em 1822 para começar os estudos secundários. Estudante brilhante e leitor insaciável, aos 17 anos conhece várias línguas: grego, latim, italiano e alemão, e inicia um curso de hebraico e sânscrito. De espírito sensível e preocupado, é apaixonado pelo estudo da Filosofia, consumindo-se com frequência numa investigação existencial e espiritual, que jamais abandonará.
Em 1831, Frederico, erudito jovem de província, chega a Paris para estudar na Sorbona. Em pouco tempo converte-se num assíduo frequentador dos ambientes intelectuais (entre os quais o salão de Madame Récamier) e começa a colaborar com jornais e revistas. Apesar da sua timidez e do comportamento simples, emergem com clareza tanto a sua profunda humanidade como o seu rigor moral: a sua imensa cultura, as suas opiniões actualizadas e o seu catolicismo empenhado tornam-no rapidamente uma personalidade relevante. Frederico dedica a sua formidável eloquência a moderar os debates sobre religião e política, num círculo literário estudantil chamado «Conferência de história», do qual é porta-voz. Certa tarde, depois de sair vencedor de um debate com um estudante socialista sobre o compromisso social dos católicos, anuncia a um amigo a intenção de realizar finalmente um projecto, que há tempo lhe era muito querido: uma «Conferência de caridade», uma associação de beneficência para a assistência dos pobres, «a fim de pôr em prática o nosso catolicismo».
Desta maneira, em Maio de 1833, com apenas 20 anos, Frederico funda, juntamente com seis companheiros, as Conferências de São Vicente de Paulo: «na época borrascosa em que nos encontramos, escreve ao seu amigo Ferdinand Velay, é bonito assistir à formação, acima de todos os sistemas políticos e filosóficos, de um grupo compacto de homens decididos a usar todos os seus direitos como cidadãos, toda a sua influência, todos os seus estudos profissionais, para honrar o catolicismo em tempos de paz e defendê-lo em tempos de guerra». Nenhum dos seus jovens fundadores podia imaginar o desenvolvimento que alcançaria esta pequena Sociedade benéfica, à qual Frederico se dedicaria, daí por diante, sem jamais poupar esforços.
Doutor em Direito (1836) e depois em Letras (1839), Ozanam inicia uma brilhante carreira universitária que o levará, em 1844, a tornar-se o titular da cátedra de Literatura Estrangeira na Universidade da Sorbona e a viver sem reservas a sua profunda vocação ao magistério.
Em 1841 casa-se com a jovem Amélie Soulacroix. Frederico Ozanam é, portanto, um homem profundamente inserido no seu tempo. Marido e pai, professor e literato, leigo comprometido, vive as diferentes dimensões da sua existência, com a mesma paixão e generosidade: vai pessoalmente aos bairros pobres de Paris e de outras cidades, promove a expansão das Conferências vicentinas no mundo, publica escritos históricos e literários, luta pela liberdade civil, política e religiosa, sofrendo pelos contrastes que dividem o mundo católico em facções políticas opostas, e tendo um coração cheio de ternura para com Amélie e Marie, sua filha. O seu caminho espiritual, sempre atormentado, conhece altos e baixos: Frederico julga não fazer o suficiente, e pede ao Senhor que o ajude a ser melhor, luta contra o orgulho até se esquecer do próprio valor.
Os primeiros sintomas do que seria uma grave infecção renal, confundida com uma enfermidade pulmonar, que o levaria lenta e dolorosamente a uma morte prematura, chegam-lhe de surpresa em 1846. Na tentativa de recuperar a saúde, Frederico passa algum tempo com a família na Itália, e é recebido em audiência por Pio IX. De retorno a Paris, Ozanam continua a dedicar-se, de corpo e alma, ao serviço dos seus alunos, ao jornal «Ere nouvelle», com o qual colaborou na sua fundação, aos pobres e aos trabalhadores.
A revolução de 1848 e o feroz debate no mundo político e católico só tornarão piores as suas condições de saúde. Em 1849, depois de ter sofrido um segundo ataque agudo do mal que o estava minando, Frederico começa a estar consciente do triste pressentimento. As suas actividades continuam de modo frenético. O seu anseio de conhecer e de participar leva-o a ignorar a dor física e, por vezes, até mesmo os conselhos dos médicos. Em Maio de 1853, de novo na Itália por motivo de saúde, a braços com a angústia de em breve ter que deixar os seus entes queridos, os sucessos profissionais e os debates políticos, mas pronto ao sacrifício, dirige-se a Deus: «Senhor, quero o que Tu queres, quero como o queres e por todo o tempo que o quiseres, quero-o porque Tu o queres».
Frederico Ozanam morreu na noite de 8 de Setembro de 1853, em Marselha, rodeado dos seus entes mais queridos, depois de uma agonia longa e dolorosa.
Este é o modelo de apóstolo leigo, erudito, empenhado e dedicado ao serviço dos mais pobres, que a Igreja apresenta a todos os fiéis, mas sobretudo aos jovens, durante a Missa presidida por João Paulo II, no dia 22 de Agosto, em Paris, na qual é beatificado Frederico Ozanam.
Digno de nota é o caso da cura milagrosa de uma criança brasileira, de apenas dezoito meses, afectada de uma grave forma de difteria, que nos primeiros dias de Fevereiro de 1926, em Nova Friburgo (RJ), obteve a graça por intercessão do Servo de Deus Frederico Ozanam. Esta cura foi reconhecida pela Junta médica da Congregação para as Causas dos Santos a 22 de Junho de 1995, e confirmada de modo unânime pelos Consultores teólogos, na reunião de 24 de Novembro do mesmo ano.

sábado, 17 de março de 2012

A sala de Aula

Recentemente em uma de minhas aulas estávamos  a debater as questões raciais em sala e um de meus alunos brilhantemente me perguntou: " professor minha mãe me disse que por ser negro tenho que ser duas vezes melhor que um branco" é verdade? O que isto quer dizer? Atônito pelo torpedo lançado, de bate pronto responde: Verdade sim, ela quis lhe dizer que a nossa sociedade trás em seu bojo o preconceito velado, quer dizer escondido, camuflado assim sendo é necessário que os negros estabeleçam estratégias de resistências para a garantia de sua sobrevivência, provando que é capaz e competente. merecendo assim seu espaço.

 Ao contrário da sociedade norte americana que trás em sua cultura um país dividido em duas realidades distintas: ao passo que o Norte era basicamente ocupado por brancos, industrial, com pequenas propriedades e trabalho livre assalariado, o Sul predominava o latifúndio monocultor exportador e escravista. Criou se dentro deste cenário duas realidades contraditórias e que leva um país dividido a se enfrentar na GUERRA DE SECESSÃO. Apesar da bravia resistência do Sul a superioridade bélica e tecnológica do Norte, foi determinante para sua vitória. O filme Mississípi em chamas mostra claramente um país dividido em Black and White, a ação da KKK, e o predomínio do apartheid social aceito como natural pelos brancos mas pelos negros não!  

No Nosso Brasil o processo de ocupação e miscigenação levou a criação de um povo hibrido, esta mistura de índio, europeu e africano, promoveu o surgimento de um povo com múltipla facetas e identidades, o que gerou profundos conflitos levando a dominação pelo uso da pólvora e canhões o povo nativo, que se recusava a aceitar pacificamente sua exploração. Alimentados pelo sonho do ELDORADO, os portugueses trouxeram espelhos e vimos um mundo doente.

Uma das provas do Apartheid social (velado) que vivemos em nosso país, esta no dia a dia das pessoas, em suas expressões é comum ouvir: "Fulano é negro mas tem alma de branco" o poeta nos ensina "ALMA não tem COR". É um ledo engano imaginar que escravidão esta associado a cor da pele, este estigma nos colocado inconscientemente é fruto do modelo econômico adotado pelo país durante o período colonial brasileiro. Se pararmos um pouco pra pensar, veremos que a escravidão no Brasil, usou a mão de obra africana, devido a resistência indígena, que não se adaptou ao sistema de exploração capitalista, baseado na acumulação de riqueza de uns, em cima da exploração de outros.

Podemos perceber ainda o preconceito em nossa sociedade, apesar de todos os avanços e conquistas dos últimos anos, estamos longe de uma sociedade ideal, onde as pessoas se respeitam pelo que são e não pelo que representam, ou dizem representar, instituído, o sistema de cotas busca ser um instrumento para diminuir as distorções impostas pela sociedade ao longo de mais de 500 anos. Ainda em nossa tela de TV vemos os negros relegados a papeis secundários e marginalizados carregando os estigmas que serão sempre favelados e com ocupações manual que socialmente gozam de menos prestígio. Quem assistiu alguns anos atrás na sutileza da novela global " A VIAGEM "  o céu global pertencia aos brancos.

Critique, comente, sugira, participe enfim.....publique.

 Por enquanto é só, a gente continua a qualquer hora............ 

 Rocha do PT sempre.
















domingo, 5 de fevereiro de 2012

Este texto não tem a pretensão de seguir a linguagem padrão, caso não entenda, não se preocupe precisamos nos libertar de algumas amarras.


PESSOAS

Certas pessoas Deus coloca em nossas vidas e estas nos deixam marcas profundas, são como anjos,   que ao cruzarem nosso caminhos nos iluminam,  protegem e orientam, vou citar algumas passagem de minha vida em que este anjos estiveram presentem e de maneira sutil mudou a minha vida, foram chegando e num facho de luz intensa transformou todas as minhas possibilidades. A vida nos coloca uns desafios e nos pregam algumas peças que jamais esqueceremos, entre conquistas e perdas estas pessoas fizeram a diferença.   Algumas destas pessoas nunca soube seus nome,. mas com certeza estão em meu coração.

 João disse que estavam abertas as inscrições para o SENAI da ALCAN em Ouro Preto, lá vai eu e meu amigo Peia. Minha mãe dona Luiza e dona Conceição todos os dias colocava pra gente uma marmitinha no ônibus da Cristo Rei e o querido PDS e Monteiro fazia o translado de nossa refeição até a Cidade Monumento Mundial, ainda era a Rodoviária antiga tanto a daqui como a de O.P. Obrigado anjos João, Monteiro e PDS, Deus abençoe vocês.

Num final de tarde chegando do SENAI, idos de 1986, vou em busca de uma vaga para continuar meus estudos, na Escola Estadual Dom Velloso, a Diretora me recebeu bem mas disse, infelizmente não há vagas. Triste e cabisbaixo segui pela rua São José e uma moça, me lembro como se fosse hoje, alta, forte e com um problema de locomoção em uma das pernas me gritava moço, moço, espera ai.... qual não foi minha surpresa " ti vi lá na escola, conseguiu a vaga? muito chateado lhe responde que não e o anjo me disse não desista, volte lá várias vezes  até ela te arrumar a vaga, você vai conseguir e assim eu fiz, ele tinha razão, estava desanimado, e não voltaria mais naquela escola, este anjo me colocou nos trilhos, Deus te abençoe, se tiver viva Deus te recompense, caso esteja em outro plano te de o paraíso...

Voltando de Ouro Preto, ingressei no mercado de trabalho como Torneiro Mecânico e estudava lá no Industrial fazendo o Curso de Técnico em Mecânica, meu querido professor IONNIS o "Grego" FDP me ensinou que na vida tudo teria que ter muito esforço e dedicação. A princípio odiávamos aquele homem e  o tempo mostrou que ele tinha razão e o ódio se transformou em amizade, companheirismo, repeito e amor. Grande pintor e escultor artista solitário, grande crítico e leitor do mundo, colocava a pequena Ártemis deusa da caça para nos vigiar  " Não temos tempo pra estudar grego? Isto não pé problema meu! respondia com firmeza ainda assim insistíamos: no final de semana temos que descansar, família, namorada, etc respondia " O que eu tenho a ver com isso? Indagava o que vocês fazem de meia noite a seis? Respondíamos dormimos! Então não durma, vão estudar. Deus te abençõe anjo Grego.      

Verão de 1994 eu trabalhava na MSG no almoxarifado e fui fazer um Curso de Metrologia, nesta época estuda o curso técnico lá no Industrial e conhece o Sr Ernesto cabelos brancos, sapiência e  inteligência de sobra nos estimulava " vocês tem que estudar, voltem aos estudos, vocês tem capacidade, acreditem em vocês.... O HOMEM VALE O CONHECIMENTO QUE POSSUI, TODO O RESTO PODERÁ LHE SER TIRADO" pense nisso. Valeu anjo Ernesto.   

Esta história não para por aqui, qualquer hora continuo a relatar.... Até breve.



Rocha.  







           
  

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Pessoal este é um espaço aberto a  discussões, divulgação, entretenimento e informação, puxe a cadeira e fique a vontade o espaço é nosso.

Atenciosamente,

Rocha